Chalub mantém prisão de prefeito de Tapauá, no Amazonas

Chalub manteve a prisão para não prejudicar as investigações.
Carlos Gonçalves e o secretário Edson Silva foram presos no último sábado acusados de tráfico de drogas e formação de quadrilha.

Chalub manteve a prisão para não prejudicar as investigações. 

Foto: Raimundo Valentim

Manaus - O desembargador Domigos Chalub explicou, nesta segunda-feira (2), os motivos da manutenção da prisão do prefeito interino de Tapauá...
(a 449 quilômetros  de Manaus), Carlos Gonçalves (PMDB), e do secretário municipal de administração, Edson Soares da Silva. A decisão foi para não atrapalhar as investigações. “Achei útil a  prisão para o desenvolvimento das investiçaões, Por enquanto, não compete a mim analisar a culpabilidade dos envolvidos,”, afirmou.

Carlos e Edson foram presos no último sábado acusados de tráfico de drogas e formação de quadrilha. Ainda segundo o desembargador, o prefeito e o secretário podem ainda entrar habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ),   upremo Tribunal Federal (SFT)  ou recorrer  no próprio Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM).

“O advogado pode apresentar fatos novos juridicamente importantes para justificar a liberdade deles e procurar o desembargador Djalma Martins que é o plantonista a partir de hoje”.  

O advogado da Prefeitura de Tapauá havia ingressado com o pedido de revogação da prisão dos envolvidos  no último domingo, no TJAM. No documento entregue a Chalub, uma das alegações da defesa é que os acusados são réus primários e tem residência fixa, o que foi contestado pelo desembargador uma vez que, segundo ele, o prefeito e o secretário de Tapauá “não são réus e sim investigados”.

Troca
Com a prisão de Carlos, que é o presidente da Câmara Municipal, quem assume naturalmente a prefeitura é a vice-presidente da Casa, Edicleide Fernandes (PV). Esta é a quarta vez que a cidade de Tapuá tem uma  troca de prefeitos desde as eleições de 2008. 

Na ocasião,  Cláudio Gomes Dias (PR) foi eleito com 37,27% dos votos válidos. Em junho de 2009, o Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) cassou  seus direitos políticos e o mandato por causa de uma condenação sofrida em 2002, por contrabando e falsidade ideológica. Cláudio cumpre pena em regime semi-aberto desde junho de 2008, e tinha aproveitado o relaxamento da pena para se candidatar.

No lugar de Cláudio assumiu o segundo colocado, Elivaldo Herculino (PP), que alcançou 35,97% dos votos. Pouco mais de um ano depois de assumir o cargo, Elivaldo foi cassado pelo juiz da zona eleitoral de Tapauá, Adoinad Tavares, por abuso de poder econômico, mas conseguiu reverter a decisão no TRE. Na véspera do Natal de 2010, a juíza Joana Meirelles decretou sua prisão preventiva sob a acusação de que ele estaria fraudando provas utilizadas no inquérito que o investiga pelo desvio de R$ 641 mil de recursos públicos.

No lugar de Elivaldo assumiu o presidente da Câmara, Raimundo Veríssimo, que teve seu biênio frente à Casa encerrado no início deste ano. No seu lugar, assumiu Carlos Gonçalves.

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