Eles afirmam que o trabalho atual está focado em organizar as prefeituras e cumprir com as obrigações, mesmo os adversários se articulando
A corrida eleitoral nos municípios que passaram por algum entrave jurídico e precisaram trocar de prefeito parece ter um ritmo diferenciado do restante do Estado. Enquanto a maior parte dos pré-candidatos já começa a se preparar para o pleito de outubro, os prefeitos ‘novatos’ estão ocupados ‘arrumando a casa’.
O caso mais curioso é o de Santo Antônio de Leverger, onde nem o atual prefeito,...
Harrison Ribeiro (PSDB), nem o presidente da Câmara, Ugo Padilha (DEM) - que chegou a atuar como chefe do Executivo durante quase todo o ano passado - demonstram interesse na disputa.
O democrata afirma não ter condições financeiras de pleitear a vaga. “A eleição para prefeitura aqui é dura”, avalia. Já o tucano, garante estar ocupado demais resolvendo os problemas que encontrou quando assumiu o cargo.
Harrison foi eleito em setembro de 2010 após o ex-prefeito Faustino Dias Neto ter o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), mas não assumiu a cadeira porque disputou o pleito suplementar com o registro de candidatura sub judice, já que havia sido considerado ‘ficha suja’.
Quem faz uso do mesmo discurso é o prefeito de Tangará da Serra, Saturnino Masson (PSDB). O tucano chegou à prefeitura por meio de uma eleição indireta após a cassação do prefeito Júlio César Ladeia (PR), acusado de ser um dos causadores de um rombo de mais de R$ 6 milhões no município devido à contratação irregular da Oscip Idheas, que administrava o setor da saúde na gestão de alguns programas locais.
Embora negue estar trabalhando pela pré-candidatura, o prefeito já tem discurso pronto. Há aproximadamente quatro meses no cargo, ele garante já ter colocado a prefeitura nos eixos.
“Não posso dizer que fechamos com chave de ouro, mas conseguimos quitar as dívidas, pagar os salários e o 13º. Organizamos a documentação e voltamos a ter credibilidade financeira”, destaca o gestor.
Segundo Masson, a definição pela sua eventual reeleição deve sair de um debate aberto com seu grupo político, formado pelos partidos PR, PDT e PT.
Além dele, a aliança avalia a possibilidade de candidatura do deputado estadual Wagner Ramos (PR). Apesar do próprio republicano desconsiderar a ideia, o PR tem defendido seu nome. E Masson não o descarta. “Sim, ele é uma possibilidade e é um bom nome”, afirma o tucano.
Apenas o prefeito de Alto da Boa Vista, Wanderley Perim (PR), assume o interesse em se manter no comando do município. O republicano, que enfrentou uma ‘batalha’ pela prefeitura e chegou a afirmar sofrer ameaças de morte, se mostra empolgado.
Perim afirma que o município já vive uma situação mais tranquila e chega a comemorar o aparente fim das divergências com o presidente da Câmara, Juarez Lopes.
LAURA NABUCO
Da Reportagem