Deputados fizeram acordo para salvar colegas . Há gravações de cafetinas com parlamentar, de parlamentar com parlamentar, de alcaides com aliadas. Enfim, uma verdadeira orgia de grampos...
Cassação O relatório da lavra do deputado estadual Edson Martins, indicando a cassação do mandato do parlamentar foragido Valter Araújo (PTB), é uma peça bem fundamentada, com individualização das condutas e com provas robustas. Caberá aos demais pares cortar na própria carne os malfeitos descritos cassando Araújo e encerrando parte deste episódio que sangra o Poder Legislativo.
Salvos Já os deputados Ana da 8, Epifânia Barbosa (PT), Euclides Maciel (PSDB), Saulo Moreira (PDT), Zequinha Araújo (PMDB), Jean Oliveira (PSDB) e Flávio Lemos (PR) deverão receber pena extremamente branda: 30 dias de suspensão dos mandatos. Enquanto o chefe, Valter Araújo, tem o mandato decapitado. “Perde-se o anel e se salva os dedos”, diz o adágio.
Goteira Nos bastidores já era esperado um relatório aliviando os demais parlamentares grampeados pela operação ´Termópilas´, da Polícia Federal. Quem teve acesso a todas as gravações sustenta que a ´goteira´ que inundou o esquema de Valter Araújo respinga com abundância nos demais deputados.
Acordo Portanto, o material para subsidiar a cassação de cada um dos deputados grampeados é farto. Mas o espírito de corpo falou mais alto e o acordo foi selado. Não fosse a opinião pública e a mídia, o chefe também teria sido salvo. Esta coluna já havia denunciado que este acordo estava sendo engendrado em surdina pelo mandatário do Legislativo.
Acordo Portanto, o material para subsidiar a cassação de cada um dos deputados grampeados é farto. Mas o espírito de corpo falou mais alto e o acordo foi selado. Não fosse a opinião pública e a mídia, o chefe também teria sido salvo. Esta coluna já havia denunciado que este acordo estava sendo engendrado em surdina pelo mandatário do Legislativo.
Kama Sutra A coluna ouviu de uma fonte um relato digno dos livros de Charles Bukowski (escritor americano que narrou suas experiências no submundo da prostituição). Há gravações de cafetinas com parlamentar, de parlamentar com parlamentar, de alcaides com aliadas. Enfim, uma verdadeira orgia de grampos. O que chama a atenção é o apetite sexual de uma política com o colega e com um prefeito.
Intriga Não é bom o relacionamento entre o Chefe da Casa Civil com o seu adjunto. Nos corredores do palácio Vargas é possível ouvir relatos de que o Secretário Adjunto, Edvaldo Soares, estaria empenhado em derrubar o titular, Jucelino Amaral. Uma pena, depois de um período de inércia, a Casa Civil voltou a funcionar com mais operosidade.
Distância Esta ficando cada vez mais distante a possibilidade do PMDB abrir mão da candidatura própria na capital em favor da candidatura petista de Fátima Cleide. A maioria dos membros do Diretório Municipal sente urticária quando algum cacique aborda a possibilidade. Outro fator que aumenta essa distância é a forma hostil como os petistas tratam os peemedebistas de Porto Velho.
Manobra Não caiu bem ao PDT em não proclamar a pré-candidatura a prefeito de Porto Velho do jornalista Celso Gomes, vencedor da escolha interna. A manobra é parte de uma estratégia da Direção Estadual para garantir o apoio dos trabalhistas ao projeto de eleição municipal dos petistas.
Coadjuvante O jornalista Celso Gomes surpreendeu os mandatários da legenda e derrotou o colega Dalton di Franco, escalado pela direção do PDT para o papel de coadjuvante da candidatura do PT.
Paparicado Já o ex-deputado federal Lindomar Garçon (PV) vem sendo paparicado por todas as legendas para somar de vice. Com o nome testado nas urnas, Garçon começa a empinar projeto próprio.
Falta-lhe coragem para anunciar com firmeza a pretensão.
Primitivo O senador Ivo K-Sol (PP), depois de quase um ano e meio no Senado Federal, apresentou um daqueles projetos de lei que servem apenas para virar chacota nos corredores da Casa e manchetes negativas. O parlamentar rondoniense quer a aprovação do projeto de sua autoria que prevê a castração química para os pedófilos e outros crimes sexuais. Esses crimes são repugnantes e merecem uma reprimenda dura, mas não justificam uma exceção para atos primitivos.
DNA O Projeto de Lei do senador Ivo K-Sol segue o mesmo DNA dos discursos feitos sobre o tema pelo genitor (suplente de senador) quando ocupou a vaga com a licença do filho, ano passado. Reditário K-Sol defendeu açoites em praça pública para ‘ladrão de galinha’ e pena capital para crimes mais graves. A proposta inicialmente foi repudiada pelos demais senadores e, logo depois, virou piada no Congresso Nacional. Há quem advogue a proposta para ser aplicada apenas nos crimes praticados por políticos.
Ainda assim é primitiva.
Mobilidade
Um artigo de autoria do procurador federal Ercias Rodrigues de Sousa, “As calçadas e a cidadania que não passa”, é um libelo a cidadania e coloca um tema importante na agenda política de políticos antiquados que prometem o que não podem cumprir e não cumprem o que poderiam prometer. Eis aí uma sugestão séria, importante e imprescindível que poderia entrar como proposta nas eleições municipais. Em nossa capital, especialmente a avenida Pinheiro Machado, é exemplo ruim de desrespeito à mobilidade com a cumplicidade das autoridades.
Um artigo de autoria do procurador federal Ercias Rodrigues de Sousa, “As calçadas e a cidadania que não passa”, é um libelo a cidadania e coloca um tema importante na agenda política de políticos antiquados que prometem o que não podem cumprir e não cumprem o que poderiam prometer. Eis aí uma sugestão séria, importante e imprescindível que poderia entrar como proposta nas eleições municipais. Em nossa capital, especialmente a avenida Pinheiro Machado, é exemplo ruim de desrespeito à mobilidade com a cumplicidade das autoridades.
Transposição Aumentou a pressão da bancada federal junto à Advocacia Geral da União e ao Ministério do Planejamento para que seja resolvido o impasse da transposição dos servidores públicos estaduais para os quadros da União. A reação dos parlamentares é devida a ameaça de paralisação convocada pelo Sintero. Independente da ameaça, a bancada já vinha cobrando uma solução e encaminhou à AGU todos os documentos pendentes. Os sinais indicam que dessa vez vai. Ou racha.
Senzala A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 438, que trata da expropriação de imóveis rurais e urbanos, cujos donos sejam flagrados utilizando trabalho escravo, está sendo procrastinada pelo setor mais retrógrado do Congresso Nacional. Os latifundiários e empresários não querem que a PEC seja aprovada para impedir uma pena mais gravame aos que forem flagrados cometendo o crime. Hoje a pena termina sendo convertida em cesta básica.
Barricada O deputado federal Moreira Mendes (PSD), líder dos ruralistas na Câmara Federal, encabeça um movimento para modificar a PEC e classifica de exagero as ações de fiscalização contra o trabalho escravo nos latifúndios. Atualmente, a fiscalização segue as normas estabelecidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego e o artigo 149 do CP, que criminaliza o cerceamento da liberdade, trabalho degradante e as jornadas exaustivas. Atos que os ruralistas insistem em dizer que não existem. Mas existem e com exagerado apoio político.
Cascata Há uma sensação nos corredores do Congresso Nacional de que a CPMI do Cachoeira deverá terminar numa grande Cascata. Mas há também um clima de tensão no ar que sugere cautela até que todos os grampos sejam conhecidos. Ocorrendo fatos novos o curso dessa ‘cachoeira’ muda.
Cultura Em várias capitais os bairros periféricos produzem bons movimentos culturais e artísticos como forma de resistência aos funk e Cias da vida. A boa música sempre resiste. Em Porto Velho, por exemplo, quem gosta de MPB pode degustar no bar do Ceará, bairro Aponiã, o que temos de melhor. Russo, Katê, Carlinhos, entre outros, vão todos os sábados ao boteco periférico para um sábado cultural. Fui, vi e gostei. Recomendo uma tarde no Aponiã.
VAMOS NESSA: Quanta vergonha...