O presidente da Comissão Nacional de Fruticultura da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Carlos Prado, acrescenta que as áreas destinadas aos pequenos produtores não conseguem evoluir o suficiente para se tornarem competitivas. “Atrair produtores já com a tradição cultural nessas atividades, como os sulistas, e também, empresas âncora, seria uma forma de acelerar a transmissão do conhecimento e facilitar a formação do ‘caldo cultural’ local, necessário para o rápido desenvolvimento da agricultura irrigada no Ceará e no Nordeste”, afirma...
Roberto Cadengue também lista outro entrave ao desenvolvimento dos perímetros: a descontinuidade das ações governamentais. “É um dos grandes entraves do Nordeste a descontinuidade de administração, operação e manutenção das infra-estruturas de uso comum”, diz.
Falta de receita nos orçamentos públicos levam a não realização de operação e manutenção correta dos sistemas e equipamentos. Em muitos perímetros antigos do Dnocs, como os de Morada Nova, Icó-Lima Campos, Paraipaba e Pentecoste (CE), Moxotó (PE), São Gonçalo (PB) e Fidal e Lagoas (PI), toda essa infra-estrutura precisa ser refeita.
Roberto Cadengue lembra que os custos para a manutenção de um perímetro são altos. Os perímetros funcionam como condomínios, onde cada produtor é dono de seu lote e paga uma taxa mensal (fixa e variável) para ter direito ao uso/consumo da água, energia e assistência técnica.
As fixas são cobradas pela área irrigável de cada lote, mesmo que a área toda não esteja sendo usada. Esse é um dos fatores que geram conflitos entre a administração e os produtores. As tarifas variáveis são cobradas sobre o consumo da água por 1.000 metros cúbicos, água esta captada no açude Castanhão. (RF) - Povo Online
Vamos nessa: Falta também incentivo e participação direta do Município e políticas públicas.