Pesquisa espontânea (aquele em que não são apresentados nomes de
candidatos), divulgada pelo Ibope no fim de semana (domingo), sobre a eleição
presidencial de 2014 mostra a presidenta Dilma Rousseff com 26% das intenções
de voto na disputa de sua reeleição e o ex-presidente Lula com 19%.
O levantamento aponta o os dois muito à frente de qualquer outro potencial ou eventual candidato da oposição ao Palácio do Planalto no pleito daqui a dois anos.
O fato, então, é que a pesquisa mostra a fragilidade eleitoral da oposição na próxima disputa eleitoral - ela que já foi derrotada no pleito municipal deste ano em número de votos e quanto ao crescimento do número de prefeitos eleitos, e que perdeu as quatro últimas eleições no país.
Apenas três de seus nomes presidenciáveis superam traço e passa de 1% da preferência do eleitorado na pesquisa na espontânea: dois são tucanos, o ex-governador José Serra (4%) - ele já disputou e perdeu a presidência da República duas vezes, em 2002 e em 2010 - e o senador tucano de Minas Aécio Neves (3%).
O terceiro nome a superar traço é a ex-presidenciável e ex-senadora Marina Silva (2%), que concorreu ao Planalto pelo PV em 2010, desfiliou-se logo depois e desde então está sem partido. Juntos, os demais nomes citados na pesquisa espontânea somam 2%.
Na pesquisa estimulada sem o nome do ex-presidente Lula, a presidenta Dilma tem 58%; Marina, 11%; Aécio, 9%; e o presidente nacional do PSB, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, 3%.
Sucesso da oposição udenista custou-nos 20 anos de ditadura
Explicado, então, o desespero de certa mídia, de muitos de seus articulistas e suas tentativas de cooptar e arrastar para a cena política certas instituições da República que deveriam ficar à margem da politica, seja esta partidária ou não.
Pior, a pesquisa explica, também, porque sem programa, sem constituir-se em alternativa e sem base social, a oposição tucana apela de novo para o falso moralismo udenista que no passado serviu de escudo para as tentativas golpistas até o sucesso obtido por ela em 1964, que nos custou 20 anos de ditadura.
(Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)