Chamo a atenção de vocês para duas reportagens com informações importantes em relação à Operação Porto Seguro, da Polícia Federal. Apesar de parte do noticiário tentar envolver meu nome das investigações(leia nota divulgada ontem), essas duas reportagens mostram o que a Procuradoria e a Polícia Federal de fato dizem sobre o assunto.
No fim desta reportagem do Jornal da Record , levada ao ar ontem, o repórter Vinícius Costa informa: "De acordo com a Polícia Federal, na documentação que consta até agora do inquérito, não há nenhum indício de relação entre a quadrilha e o ex-ministro José Dirceu e o ex-presidente Lula. O nome dos dois foi sugerido pelo ex-auditor do TCU Cyonil da Cunha Borges, o denunciante do esquema".
O Valor Econômico de hoje, em reportagem de Vandson Lima, traz declaração da procuradora da República Suzana Fairbanks, que coordenou a investigação no Ministério Público Federal.
Ela afirma que há 600 páginas de conteúdo da investigação sobre a ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo Rosemary Noronha. A procuradora acrescenta que, em todo esse material, não há indícios de minha participação: "Não tem relação direta dele de sociedade [no esquema] ou de eventual lucro”.
A reportagem do Valor é só para assinantes. Se você não é assinante, leia aqui os dois últimos parágrafos da matéria do Valor:
Segundo a procuradora Suzana Fairbanks, a PF e a Procuradoria da República em São Paulo têm 600 páginas de conteúdo da investigação sobre Rosemary. Apesar de também ter sido citado nos e-mails da ex-chefe de gabinete, a procuradora diz que não há indícios de participação no esquema do ex-ministro José Dirceu, condenado no julgamento do mensalão. "Não tem relação direta dele de sociedade [no esquema] ou de eventual lucro", observou.
Em sua página na internet, Dirceu avaliou como "irresponsável" a vinculação de seu nome a funcionários do governo indiciados na operação. Ele citou outros seis casos em que foi citado pelos jornais durante investigações e reclamou que o espaço dado pelos a denúncias envolvendo seu nome é sempre muito menor do que a retratação. "Envolvem meu nome no noticiário com o maior estardalhaço, mas encerrados a 'temporada' e o sucesso midiático do escândalo, silenciam quanto ao fato de nada ter se provado contra mim".
