Em tom de campanha, Dilma diz que país vive melhor década da história


 SÃO PAULO, 20 Fev (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff discursou nesta quarta-feira em tom de lançamento da plataforma de sua candidatura à reeleição durante evento para comemorar os dez anos do PT à frente do governo federal e disse que o país vive a melhor década de sua história. 

A uma platéia de militantes petistas, Dilma exaltou o que disse ser o "grande líder" dessa década, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu a comparação com o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e disse ter um "compromisso inegociável" com a estabilidade econômica.


"Nós, brasileiros, sabemos qual é a melhor década da nossa história recente. Essa década é a década que começamos a comemorar agora", disse a presidente durante o evento em São Paulo. "É a década da reconstrução nacional... é a década da nossa auto-estima."


"Nossos fundamentos estão cada vez mais sólidos. O nosso governo... está mais que preparado para enfrentar os desafios. A estabilidade é um dos nossos compromissos inegociáveis e nós saberemos mantê-lo. Ninguém duvide de nossa capacidade de manter a estabilidade macroeconômica do nosso país", assegurou.


Deixando para Lula a maior parte do trabalho de rebater as críticas de tucanos aos dez anos de gestão petista, principalmente o discurso feito mais cedo nesta quarta-feira pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), a presidente disse não temer comparações.


"Esse é um governo que não tem medo dos números, porque os números estão a nosso favor", afirmou a presidente.


Mais cedo no Senado, Aécio proferiu um discurso citando o que chamou de "13 fracassos" dos dez anos do PT no governo federal, numa referência ao número do partido na urna eleitoral.


Dilma aproveitou para elencar realizações de seu governo, como a ampliação de programas sociais, a redução da conta de luz e dos juros. Aproveitou ainda para atacar aqueles que, segundo ela, não acreditavam nessas realizações e que chegaram a espalhar no início deste ano um temor, na sua opinião infundado, sobre racionamento de energia elétrica.

"Tudo se dissipou tal como surgiu. No nada. E o que brilhou no horizonte foi a maior redução na energia da história", disse a presidente, referindo-se ao anúncio feito em janeiro da redução na eletricidade, de 18 por cento para consumidores domésticos e de até 32 por cento para indústria, agricultura, comércio e serviços.
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