Por: Luiz Edgard Cartaxo de Arruda Junior
Memorialista
A presidenta Dilma
recebe o Movimento Passe livre e das comunidades para conversar e toma atitudes
de poder. O preço das passagens de ônibus foi congelado e começaram a diminuir
no Brasil todo. Educadores de Juazeiro começaram a receber seus salários...
Algumas coisas estão mudando. As propostas da Constituinte exclusiva das
campanhas presidenciais de Fernando Henrique Cardoso voltaram à pauta. Agora
negada por ele, nada mais natural para quem já pediu para esquecerem o que
escreveu. Vem dizer que é autoritarismo. Pirou de vez? Ou quer, que eu me
engane? De novo! Comigo não violão.
A Dilma foi certeira em tempo hábil, ligeira, na
hora H, foi bem no miolo, no cerne, na mosca. Ao receber em Palácio os
movimentos e suas representações comunitárias da massa, de base. Desbaratou a
todos. Agora as elites não querem Povo na conversa e fica bem claro quando a
mídia rejeita: plebiscito, constituinte Quer que eu desenhe?
Se colocar no lugar da Dilma como estadista ao
ver um milhão de pessoas nas ruas exibidas na Tv: sem bandeiras partidárias,
ressaltados à frente, meia dúzia de cartazes pinçados e escolhidos a dedo entre
um mar de alienações aleatórias, minorias insignificantes projetadas como
milhares querendo: Fora Dilma, Intervenção Militar Já..., pixando e queimando a
bandeira nacional e de partidos políticos das Centrais sindicais e movimentos
sociais como as do Movimento Negro rasgadas, destruídas com a insanidade primal
do lupem pago, provocando caos, pânico, depredações e atentados às sedes de poderes
constituídos, de partidos políticos e a de bens privados em muitos casos com a
conveniência do aparato repressor. Atingindo até jornalistas (mais de meia
centena). Dilma propôs a discussão de se pensar numa Constituinte visando
reformar a Política do Estado. Depois de constatar a armação desse fato
midiático. Era o obvio que restava a ela sugerir. Ela com coragem foi ao ponto.
Agora a direita amarela, recua? Tem medo do povo participando diz que é
autoritarismo, anti e inconstitucional, inviável, impossível, e por ai vai... É
Caro! Como se democracia fosse barato. Ou tivesse preço, na sua eterna
vigilância pela liberdade... Desencadeiam uma bravata sedimentada em toda sorte
de jurisconsultos bem intencionados ou não, levados de roldão a servir seus interesses
contra a Constituinte proposta a se pensar. É que o interesse é deixar tudo
como estar. Somente incentivando o crime na realização de mais saques,
atentados, depredações no meio das manifestações.
O auge do Golpe foi quando tiraram até novelas do ar
para difundir violência criando artificialmente um clima de ingovernabilidade
na nação. Para viabilizar o Golpe. Não deu certo; até agora. Entretanto eles
continuam prorrogando essa artimanha de terror e medo nas ruas aliados a
barbárie do lupém nas comemorações da Copa. É a política do Circo e Fogo que
inventaram. Coisa de quem não tem mais saída. Até onde vão ludibriar com estas
ações orquestradas mais golpe na tenra democracia brasileira. Que a Dilma
resista. As bandeiras da consciência políticas partidária, sindicais e dos
movimentos das organizações dos trabalhadores brasileiros têm que ir às ruas
para fortalecer a Dilma na busca de mais participação e conscientização da política
do governo do Partido dos Trabalhadores. Em tempo a gente tem que se redimir e
fazer autocrítica de muitos vacilos.