Éderson recorda idas e vindas ao Atlético-PR: 'Não estava preparado'

Artilheiro do Brasileirão, com 16 gols, atacante é sensação em sua cidade natal e celebra ter se firmado no Furacão em sua terceira passagem

Por SporTV.com / São Paulo

É dia de jogo do Atlético-PR. Dezenas de pessoas se reúnem na cidade de Pentecoste, no interior do Ceará. Todas querem ver Éderson em ação. O artilheiro do Campeonato Brasileiro é a sensação local e, enfim, conquistou também o seu espaço no Furacão. Depois de anos de idas e vindas, o atacante celebra ter, finalmente, se firmado no time do técnico Vagner Mancini.

- Tudo tem seu tempo. Eu tinha de passar umas dificuldades para chegar onde estou hoje. Na minha cidade agora, todo mundo vai assistir aos meus jogos. Meu pai (Marinho) coloca a TV do lado de fora e às vezes aparecem umas 100, 150 pessoas. Saí de Pentecostes no Ceará. Um olheiro me viu e me levou para o Ceará. De lá eu fui para o Atlético no fim de 2006, estava sendo emprestado a toda hora. Antes, quando eu voltava ao Atlético, eu não sentia que não estava preparado para jogar ainda. Eu sabia que não teria muitas oportunidades porque não tinha rendido o que eu podia - disse o atacante, em participação no programa “Bem, Amigos”, na última segunda-feira.

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Depois de ser contratado pelo Rubro-Negro, Éderson foi emprestado para o Ceará e para o ABC. Foi no time de Natal que ganhou a confiança para virar artilheiro do Furacão. O atacante anotou 12 gols na Série B de 2012 e sentiu que, enfim, estava pronto para brilhar no Atlético.

- Foi o ano em que eu peguei experiência. Vim para o Atlético para fazer um ano espetacular e me firmar - disse Éderson.

As estatísticas pesam a favor do atacante. Em 31 jogos no Brasileirão, Éderson já deixou sua marca 16 vezes e tem dois gols a mais do que seus principais concorrentes no páreo pela artilharia - os atacantes Gilberto (Portuguesa) e William (Ponte Preta). O jogador ganhou muitos elogios do comentarista Caio Ribeiro.

- O que me chama a atenção é a velocidade do Éderson. Ele não é aquele centroavante que fica esperando a bola. Ele tem uma movimentação legal, cai pelas laterais e tem a mobilidade de puxar contra-ataque quando o time tem essa proposta. Isso que faz a diferença. E ele não tem medo de chutar a gol. Ele arrisca bastante. Acaba dando certo. Não por acaso ele é o artilheiro do Brasileirão - disse Caio.

Éderson evita estipular uma meta de gols para não criar uma grande expectativa na torcida. O discurso é de concentração para ajudar o Atlético tanto a se manter no G-4 do Brasileirão - atualmente é o quarto colocado com 52 pontos -, como a buscar o título da Copa do Brasil. Nada de se poupar, ele quer força máxima nesta quarta-feira, às 21h50m (de Brasília), quando o Furacão recebe o Grêmio no primeiro duelo das semifinais da Copa do Brasil.



Éderson quer força máxima na Copa do Brasil (Foto: Site oficial do Atlético-PR/Bruno Baggio)
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