A presidenta Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (29) em sua coluna semanal Conversa com a Presidenta que o governo está preparando o edital de licitação para o Estudo de Viabilidade Técnica e Ambiental (EVTEA) que definirá os projetos que serão elaborados para a travessia a seco entre São José do Norte e Rio Grande, no Rio Grande do Sul.
Ao responder pergunta de André Rubens Camargo Romeu, advogado e contador em Pelotas e São José do Norte, a presidenta disse que a partir deste estudo “teremos subsídios para escolher a alternativa mais viável para este ponto: construir uma ponte ou um túnel. O estudo vai apontar restrições e vantagens técnicas e econômicas de cada possibilidade, além de analisar as questões de meio ambiente, desenvolvendo o Estudo e o Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima). Após a conclusão deste trabalho, o projeto de construção será licitado, e será construída a travessia a seco neste ponto da BR-101″.
A presidenta disse que além de melhorias no trecho da BR-101, na região dessa travessia, desde Osório até São José do Norte, o DNIT está preparando o edital de licitação do lote IV da BR-392, que dará acesso ao porto de Rio Grande. O DNIT também está trabalhando para contratar os estudos de viabilidade técnica e ambiental para duplicação do trecho da BR-116 localizado entre Pelotas e Jaguarão, e para a contratação de obras de melhorias na BR-392, no trecho entre Pelotas e Santa Maria, que é uma estrada fundamental para o escoamento da produção de soja até o porto de Rio Grande.
Sobre o campo de Libra, Dilma afirmou que todos os brasileiros serão beneficiados com essa enorme riqueza gerada pelo petróleo, que será transformada em educação e saúde de qualidade, em desenvolvimento produtivo e em criação de empregos para todos os brasileiros, da Amazônia aos pampas. “Libra sozinho vai gerar cerca de R$ 1 trilhão só para o governo – União, Estados e municípios – nos próximos 35 anos, dos quais mais de R$ 600 milhões irão para a saúde e a educação. Em novembro, o governo federal receberá R$ 15 bilhões, que é o valor do bônus de assinatura que as empresas pagam para ter direito a explorar o petróleo em Libra. O restante começa a ser pago dentro de cinco anos, e se prolongará ao longo dos próximos 35 anos”, disse.