O Estadão publica que Aécio vai levar a direção do PSDB a assumir o controle das alianças estaduais do partido em outubro.
Se fosse uma prática permanente, destinada a preservar a identidade partidária, seria compreensível. Mas o próprio vice-presidente tucano, Alberto Goldman, diz que a medida é “inédita”.
É mais que natural que um candidato à Presidência cuide de seus palanques regionais.
Mas parece que Aécio começa a se preocupar com a falta de palanques exclusivos.
Em São Paulo, Alckmin faz de tudo para ter o PSB em aliança local.
No Rio, Bernadinho tenta escapar das pressões familiares para que recuse a “roubada” de uma candidatura. Dificilmente os “marineiros” deixarão de impor uma candidatura própria, ou serão devorados pelo Psol, onde Campos e Aécio não terão palanque.
Em Minas, a história da aliança PSDB-PT obriga à divisão de palanque com Eduardo Campos.
Idem no Paraná.
Não sobra muito.
Não existe apenas um pacto de não agressão entre Neves e Campos mas o que Fernando Henrique, seu guru, descreveu como “serve qualquer um, menos eles” .
Os candidatos do PSDB nos estados precisam demais do PSB campista para mergulhar de cabeça na campanha de um Aécio que não cresce nas pesquisas.
Cada um está por si e fará por si, deixando no caminho o que for peso morto.
Não é improvável um processo de “cristianização” de Aécio.
Evitar “por decreto” a infidelidade é possível apenas na forma.
Entre elogios, sorrisos e jantares, Aécio treme diante da possibilidade de ser ultrapassado por Eduardo Campos.
A direita não terá dois candidatos.