A deputada do partido Casa Judaica, diz que elas deveriam ser mortas pois gerariam "pequenas serpentes".
No início de julho, a deputada Ayelet Shaked, do partido Casa Judaica, compartilhou no Facebook um texto em que chamava crianças palestinas de “pequenas cobras”, pedia a morte das mães palestinas e afirmava que o conflito no Oriente Médio não se trata de uma guerra contra extremistas, mas “entre dois povos”. Após a confirmação da morte dos jovens israelenses, grupos marcharam por Jerusalém cantando “morte aos árabes” e agredindo pessoas na rua. Uma página no Facebook chamada “O Povo de Israel Exige Vingança” atraiu 35 mil pessoas e milhares de comentários racistas antes de ser tirada do ar. A onda de xenofobia culminou, em 2 de julho, com a morte de um adolescente palestino. Ele foi queimado vivo por extremistas israelenses.
Antes da Operação Borda Protetora ser lançada, ministros israelenses sugeriram que a Faixa de Gaza fosse deixada sem combustível, eletricidade, água e luz. Depois do início dos ataques, o ódio continuou a ser destilado. Em 12 de julho, em Tel Aviv, uma manifestação de israelenses contrários à ofensiva na Faixa de Gaza foi reprimida violentamente por uma turba de extremistas de direita, insuflada por um rapper local.
O sucesso da tentativa de desumanizar os palestinos foi verificado pela imprensa internacional. Diversos veículos mostraram como moradores de Sderot, cidade no sul de Israel conhecida por ser alvo frequente dos foguetes do Hamas, assistem ao bombardeio de Gaza como se estivessem em um cinema ao ar livre. Na quinta-feira 17, uma equipe da rede de tevê CNN flagrou israelenses vibrando quando um míssil atingiu um alvo na Faixa da Gaza.
Fonte: Plantão Brasil