O anúncio das cinco cidades foi feito pelo presidente da Assembleia Legislativa e gerou debate entre deputados que articularam receber os cursos em suas cidades de maior representação.
Cinco municípios do Ceará estão aptos a receber curso de graduação em Medicina. O anúncio foi feito nesta terça-feira, 3, pelo presidente da Assembleia Legislativa do Estado, Zezinho Albuquerque (Pros). Na noite da segunda-feira, 2, o ministro da Educação, Cid Gomes, já havia anunciado a abertura de curso em Iguatu.
As outras cidades que estão autorizadas a receber curso de Medicina são Crateús, Itapipoca, Quixeramobim e Russas. A negociação para a instalação dos cursos é feita desde que o ministro da Educação era Aloízio Mercadante, hoje chefe da Casa Civil do Governo Federal. O anúncio das cidades, no entanto, gerou debate entre deputados que articularam os cursos para seus municípios de maior representação.
“Sob o comando do ministro Cid Gomes, o MEC autorizou a abertura de cinco cursos de medicina no Estado do Ceará. (...) As cidades que estão autorizadas para ter os cursos e que as universidades podem se colocar à disposição são Crateús, Iguatu, Itapipoca, Quixeramobim e Russas. O Estado do Ceará vai ter mais cinco cursos de Medicina”, anunciou Zezinho Albuquerque.
O deputado Ely Aguiar (PSDC) criticou o fato de o município do Crato, na Região do Cariri, não ter se viabilizado para receber o curso, apesar de ter sido uma dos primeiros a se mobilizar para receber a faculdade. Conforme Ely, as informações obtidas junto ao Governo estadual foi que a gestão municipal não cumpriu com a documentação necessária para se viabilizar como receptora.
A deputada Augusta Brito fez pronunciamento ressaltando a importância da faculdade para a região da Serra da Ibiapaba. A deputada Mirian Sobreira (Pros) destacou as articulações no município de Iguatu para receber a faculdade. Ely Aguiar, em a parte, ressaltou que o projeto é federal e não uma ação individual do ex-governador do Ceará.
Ely pontuou que, inicialmente, o governo anunciou a faculdade de medicina para o Crato e, posteriormente, o Iguatu entrou na disputa. “Na época, eu fiz um pronunciamento, não sei se a senhora (Miriam Sobreira) lembra, em que eu disse que não sou contra que Iguatu tenha uma faculdade de Medicina, que a senhora lute para o Iguatu ser contemplado, mas não queira tirar do Crato”. Para Ely, houve negligência do prefeito do Crato, Ronaldo Gomes de Mattos (PMDB) para cumprir com as exigências do Governo Federal.
Miriam Sobreira pontuou que não se tratou de tirar a faculdade de um município para atender outro e ressaltou que Iguatu se organizava há anos.
Para liberar um curso de Medicina, o Ministério faz uma análise na estrutura dos municípios que pleiteiam a faculdade para autorizar o processo de implantação que ocorre em etapa posterior à autorização.
Redação O POVO Online