O Supremo Tribunal Federal, através do ministro Teori Zavascki, autorizou que um oficial de Justiça fosse ao gabinete do presidente da Câmara, Eduardo Cunha,para apreender um documento que pode trazer novos indícios de que o parlamentar foi beneficiado com recursos desviados da Petrobrás.
Cunha está entre os 50 investigados pela Procuradoria com inquéritos abertos no Supremo.
A Procuradoria tomou conhecimento da existência de um documento no gabinete de Cunha que poderia comprovar que partiu dele a participação em dois requerimentos que podem reforçar indícios contra o presidente da Câmara.
A assessoria da presidência da Casa nega que um oficial de Justiça tenha estado no gabinete para cumprir a ordem de apreensão.
Os dois requerimentos foram feitos na Câmara em 2011 e oficialmente são de autoria da ex-deputada federal Solange Almeida (PMDB-RJ).
Investigadores suspeitam que as representações tenham sido arquitetadas por Cunha, com base em depoimento do doleiro Alberto Youssef, um dos delatores da Lava Jato.
De acordo com o Youssef, o presidente da Câmara seria um dos beneficiários das propinas vindas do esquema envolvendo um contrato de aluguel de um navio-plataforma das empresas Samsung e Mitsui.
Ele teria encomendado os pedidos de auditoria dos contratos entre Mitsui, Samsung e Petrobrás como uma “ameaça”, após o pagamento de propina ter sido suspenso.
Cunha tem negado qualquer relação com o esquema de corrupção e desvios investigados pela Lava Jato.
(com informações do Estadão) Via - Brasil 29