Deputado Wadih Damous diz que hoje, na Câmara, não há a menor possibilidade de vencer qualquer votação que o Eduardo Cunha não queira; ele também denuncia as ‘arbitrariedades’ do juiz Sérgio Moro na Lava Jato: “Ele age contra a Constituição e estabeleceu a prisão preventiva como padrão e não como exceção. Essa Operação Lava Jato apreendeu arquivos de defesa, coisa que a ditadura militar fez em apenas um caso”
247 - O deputado Wadih Damous, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio e da Comissão Estadual da Verdade, disparou contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato: os dois estão rasgando a Constituição.
Em entrevista ao Dia, ele denunciou a manobra de Cunha para aprovar a redução da maioridade penal para crimes violentos. “Está jogando lama na Carta Magna: se ele perdesse, ele ia colocar várias emendas até ganhar. Mas creio que o Senado irá corrigir essa monstruosidade”, diz.
Segundo ele, hoje, na Câmara, não há a menor possibilidade de vencer qualquer votação que o Eduardo Cunha não queira.
Sobre a conjuntura política, afirma que “a oposição é boa para ganhar pesquisa, mas não ganha eleição. Dilma ainda tem três anos e meio de governo e pode reverter isso. Agora, não minimizo que esse é o pior quadro já enfrentado desde que o PT chegou ao governo. É um momento muito grave. A economia vai mal, a política vai mal, mas há ainda chances de melhorar”.
Ele culpa o juiz Sérgio Moro pelo impacto da Lava Jato: “Ele age contra a Constituição e estabeleceu a prisão preventiva como padrão e não como exceção. Essa Operação Lava Jato apreendeu arquivos de defesa, coisa que a ditadura militar fez em apenas um caso. Com todas as arbitrariedades, o juiz Sérgio Moro pode estar decretando a nulidade de tudo o que construiu. Juiz não é salvador de nada” (leia aqui).