Presidente foi intimado pelas declarações após empate com a Chapecoense e prefere não comentar suposta falta de Ganso em Bruno Gallo no segundo gol do São Paulo.
Eurico Miranda gostou de ter sido denunciado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por conta das declarações dadas após empate contra a Chapecoense (1 a 1). Pelo menos foi o que o próprio presidente do Vasco garantiu na tarde desta segunda-feira, horas após a informação ser divulgada pelo Tribunal. Segundo o mandatário cruz-maltino, ele terá a oportunidade de falar tudo o que pensa no julgamento - ainda sem data marcada.
- Gostei muito da denúncia. Não quero saber se ela é justa ou não. Lá no tribunal eu falo mais. Com essa denúncia vou ter a chance de falar o que penso. Tudo o que eu já disse continua, mantenho tudo - avisou Eurico Miranda em contato telefônico com o GloboEsporte.com.
Após a partida contra a Chapecoense na última quinta-feira, no Maracanã, o dirigente atacou o presidente da federação catarinense de futebol, Delfim de Pádua Peixoto Filho, e declarou "guerra" contra a CBF. A principal reclamação foi em cima do pênalti marcado para os visitantes aos 39 minutos do segundo tempo. Segundo a nota enviada pelo STJD, Eurico tratou Ricardo Marques Ribeiro, árbitro do confronto, como mal intencionado e ainda insinuou que o último só assinalou a infração após interferência externa.
- O que aconteceu hoje (quinta) foi escândalo. Marcou um pênalti que a bola bate na barriga. Ele levou muito tempo para marcar, porque alguém mandou ele marcar. Alguém mandou por esses aparelhos de comunicação que eles usam. Deve ser o ponto eletrônico. Árbitro quando marca com convicção aponta para a marca de imediato. É só ver a sequência. Primeiro não foi pênalti. Aí ficou caracterizado a má intenção dele e desse ponto eletrônico, que não funcionou da mesma maneira no lance do outro lado. O cara deu uma raquetada dentro da área e aquilo não foi pênalti? Dizer que não viu? Viu. E não marcou - disse o presidente na ocasião.
Um dia depois, em entrevista coletiva concedida em São Januário, Eurico se defendeu das palavras de Delfim e voltou-se contra a CBF na pessoa de seu presidente, Marco Polo Del Nero, e ainda afirmou que havia "algo tramado" para impedir que o Vasco não escapasse do rebaixamento. Falou em ''guerra sem quartel''.
- Algo está sendo tramado para impedir que o Vasco alcance o objetivo dele. Estou responsabilizando diretamente o presidente da CBF e essa comissão de arbitragem, que tem obrigação de mandar apurar a denúncia que estou fazendo ao presidente da Federação de Santa Catarina. Não vai ser só a Justiça Comum, nem vai ser a Justiça Desportiva. Vai ser declaração de guerra sem quartel. Esse Sr. Marco Polo Del Nero vai ver o que vai acontecer por parte do Vasco se essas providências não forem tomadas. Não jogo conversa fora. Será guerra sem quartel. Consequências eu não sei, tudo pode acontecer ... Daqui para a frente, prejudicou o Vasco, vai sofrer as consequências. Vou repetir, guerra sem quartel.
Na visão da Procuradoria do STJD, Eurico cometeu infração ao artigo 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) e pode pegar de 15 a 180 dias de suspensão e ficar sujeito a pagamento de multa de R$ 100 mil. Também foi enquadrado no artigo 243-D e, por isso, ainda corre o risco de gancho de 360 a 720 dias.
Presidente ignora nova polêmica
No empate do último domingo contra o São Paulo, mais polêmicas. Os paulistas reclamaram muito do pênalti e da expulsão do lateral Matheus Reis no lance que originou o gol de Nenê. Já nesta segunda-feira, uma suposta falta de Ganso em Bruno Gallo no segundo gol são-paulino, que decretou o empate por 2 a 2, mobilizou as redes sociais. Eurico não quis comentar o lance.
Uma imagem vale mais que mil palavras... (Título da postagem)
Posted by Vasco da Gama on Segunda, 19 de outubro de 2015
- Sobre isso eu não quero falar. Mas sobre a denúncia você pode frisar: eu gostei - encerrou.
Via: Noesporte