Após revelar nesta quarta-feira (29) que o recuo de Jair Bolsonaro perante o Supremo Tribunal Federal (STF) após os atos golpistas de 7 de setembro foi motivado pelo temor de que o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) fosse preso, o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) publicou em seu Twitter nesta quinta-feira (30) novas informações sobre o caso.
De acordo com o parlamentar, a nota assinada por Bolsonaro, elaborada pelo ex-presidente Michel Temer, foi uma exigência do ministro do STF Alexandre de Moraes, que "disse a Bolsonaro que ele devia pedir desculpas à nação e ao STF, não apenas a ele em particular".
"A partir da postura adotada por Alexandre, surge a nota escrita por Temer. O Ministro ainda exigiu que cessassem os ataques ao STF, a todos os integrantes da corte e ao sistema eleitoral brasileiro. O que aconteceu, visto a entrevista de Bolsonaro para a Veja", explicou o deputado.
Pimenta ainda diz que Bolsonaro prometeu ao magistrado que "Carluxo" [Carlos Bolsonaro] iria se 'comportar' e parar com os ataques contra a Corte. De lá para cá, não ouvimos mais um pio".
O parlamentar também narra uma tentativa de Bolsonaro de se encontrar com o ministro Alexandre de Moraes, que negou o pedido.
O ocupante do Palácio do Planalto, então, perguntou se o ministro da Justiça, Anderson Torres, poderia representá-lo em um encontro. O magistrado aceitou. "Diante da negativa, Bolsonaro pediu que Alexandre recebesse o MJ [ministro da Justiça], Anderson Torres, como prova de boa-fé. O que foi aceito por Alexandre. Torres embarcou em um avião da FAB e foi até a casa do ministro em SP para reafirmar todos os compromissos em nome do acovardado Bolsonaro".