“O combustível brasileiro não pode continuar subordinado ao preço internacional. Se preparem porque, se a gente voltar a presidir… Com todo o respeito que tenho com os acionistas… A minha preocupação não é com acionista de Nova York, a minha preocupação é com o acionista povo brasileiro, com o cara que compra um carrinho velho a prestação e depois vai no posto e não consegue colocar gasolina. Este ano me parece que vai se ‘investir’ 65 bilhões de dólares para pagar acionista, por que não se investe em benefício do povo brasileiro? Por que não investimos para gerar emprego. Por que ao invés de pagar dividendos para os acionistas, a gente não faz um investimento nas nossas refinarias para que a gente adquira mais capacidade de refino para gasolina e o óleo diesel? Agora querem vender a Eletrobras. Para quê? Para passar [um serviço estatal] que foi construído pelo povo brasileiro para a iniciativa privada cobrar mais caro do povo brasileiro (...). A universalização do acesso à energia elétrica, não seria possível sem que o Estado controlasse a Eletrobras. Para fazer o ‘Luz para Todos’ e levar energia de graça para as pessoas pobres do interior, é o Estado que tem que pagar. Nenhum empresário vai ser socialista a ponto de colocar o seu lucro [para produzir em] benefício para o pobre”.
(Lula, candidato presidencial do Partido dos Trabalhadores, a Rita Soares e Daniel Nardin, da Rádio O Liberal, do Pará.)
Por José Casado / Veja