Bolsonaro (PL) viajou à Rússia e esse foi o assunto da semana. A viagem, é claro virou motivo de piadas nas redes sociais. Mais um vexame internacional. O líder (?) máximo do estado brasileiro teve que fazer 5 testes contra a covid, além de ficar isolado antes do encontro com Vladimir Putin, presidente russo. Teve também que respeitar as regras sanitárias do país, como o uso de máscaras, por exemplo. E até teve que homenagear soldados comunistas mortos durante a 2ª Guerra Mundial. Manda quem pode, obedece quem tem juízo. Por aqui, a gente espera que ele tenha aprendido alguma coisa.
Uma boa fonte de memes foram as fake news que o encontro gerou. Alimentados pelos delírios do ex-ministro Ricardo Salles, a massa bolsonarista movimentou as redes com a notícia de que – pasmem - o presidente brasileiro teria evitado a 3ª Guerra Mundial. Obviamente Salles foi desmentido. Mas a gente nem precisava falar isso!
Os bolsonaristas foram além e, alimentadas por uma boataria no twitter, tentaram emplacar a “notícia” que o ex-presidente Lula (PT) teria desistido de sua candidatura. Balela é claro e nosso correspondente de Brasília, Paulo Motoryn explica tudo. Confira aqui!
Mas, piadas a parte, a viagem é coisa séria e de acordo com especialistas foi muito tardia, se o objetivo de Bolsonaro é recuperar a diplomacia brasileira, que anda em maus lençóis. Após alinhamento com EUA de Trump, a tentativa de voltar a um meio-termo não é suficiente para reverter o desgaste criado ao longo de seu governo. É o que explica nosso repórter de internacional Thales Schmidt que conversou com o professor de política internacional da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Paulo Velasco, e com o professor de relações internacionais da Universidade Federal do ABC (UFABC), Flávio Rocha de Oliveira. Confira a análise.
Educação em frangalhos
E não é só a política externa que vai de mal a pior. As Universidades Federais perderam 12% de seu orçamento no governo Bolsonaro. Desde 2019, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ultrapassa os 20%. Considerando esse índice e o orçamento de 2019, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) aponta que o montante reservado às universidades deveria ser de pelo menos R$ 7,2 bilhões para que mantivesse sua capacidade de compra. Atualmente, ele é 25% menor que isso. Confira na matéria de Vinicius Konchinski.
Mas, bote um cropped e reaja!
A gente sabe que o Brasil não é para amadores e para não fechar a semana para baixo, confira o bate-papo com a cantora Paula Lima. Convidada desta semana no BdF Entrevista, ela fala sobre racismo, carreira, carnaval e projetos futuros. Ficamos por aqui!
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