Renato Casagrande esteve com Sergio Moro, que destruiu 4,4 milhões de empregos, e o gesto pode ser interpretado como provocação ao PT.
O encontro aconteceu em meio a negociações do PSB com o PT – que tem o ex-presidente Lula como pré-candidato à Presidência – vistas às eleições de 2022.
Os dois partidos negociam a formação de uma federação para atuar de forma unitária durante os próximos quatro anos. Na quinta-feira (10), dirigentes das duas legendas fizeram um terceiro encontro em Brasília para discutir candidaturas unificadas nos estados do Rio Grande do Sul, São Paulo e Espírito Santo.
Além disso, o PSB é um dos partidos ao qual o ex-tucano Geraldo Alckmin, que é cotado para a vaga de vice na chapa de Lula, pode se filiar.
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A assessoria de Casagrande diz que ele está “à disposição para receber as lideranças políticas que queiram conversar sobre o futuro do Brasil e do Espírito Santo” e que também já se reuniu com João Doria (PSDB), Ciro Gomes (PDT) – ambos também pré-candidatos à Presidência –, Cabo Daciolo e e Eduardo Leite (PSDB).
Nenhum deles, no entanto, botou Lula na cadeia ilegalmente e por meio de abuso de poder declarado pelo Supremo.
Durante o café, Casagrande e Moro conversaram sobre infraestrutura, segurança pública, meio ambiente e relações internacionais.
A atitude de Casagrande, caso não seja questionada por seu próprio partido, pode inviabilizar qualquer entendimento entre o PT e o PSB.
Moro é o inimigo de Lula – e inimigo declarado não apenas por ele, mas assim compreendido pelo STF, em julgamento formal.
Por meio de seus abusos e atitudes incompetentes e suspeitas, julgou Lula quando ele devia ter sido julgado em São Paulo, comandou o ministério público (seus subordinados da Lava Jato), o que é ilegal, condenou Lula por fatos indeterminados e, portanto, sem provas. Ao condenar e prender o ex-presidente, o impediu de ser candidato à presidência quando era favorito à eleição de 2018, e agindo assim ajudou a eleger Bolsonaro, foi ressarcido com um cargo de ministro e uma promessa de vaga no STF.
Abusos, ilegalidades, ação partidária e política para influenciar a eleição presidencial.
Mesmo assim, apesar de tudo isto, o maior desafeto de Lula e, certamente, um dos maiores responsáveis pela situação dramática que o Brasil está vivendo, é recebido festivamente pelo governador de estado que pertence ao partido que jura de pés juntos que quer se aliar ao PT.
Ou o governador não tem ligação honesta com o partido ou partido não tem relação honesta com Lula e o PT.
Via 247