Daniela Quitanilha
O aumento de casos de Covid-19 provocados pela variante Ômicron pode gerar uma maior incidência de Covid longa nas pessoas infectadas pela doença.
“Com o número exponencialmente maior de pessoas infectadas pela variante Ômicron, proporcionalmente, o risco de evolução para a Covid longa também é maior”, explica a infectologista e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Raquel Stucchi.
A Covid longa consiste em sintomas que persistem depois de quatro semanas que a pessoa se recuperou da Covid, independente de quadro leve ou grave da doença.
A infectologista alerta que a Covid longa impacta muito a qualidade de vida, causando déficit de memória e de aprendizado, distúrbio de comportamento (agressividade e depressão), palpitação, falta de ar, dor articular, cansaço, sonolência, insônia e alteração de apetite.
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“Não há relação com a variante. É possível ter Covid de qualquer variante e depois desenvolver a Covid longa”, acrescenta Stucchi.
Segundo a infectologista, a vacinação é indispensável para prevenir os sintomas. “Quem tem o ciclo de vacinação completo tem menores riscos. A vacina previne não só as formas graves da doença como também a Covid longa”.
O alerta também vale para as crianças. Estudos mostram que crianças tem sofrido sintomas persistentes até um ano após a infecção de Covid-19.