Ex-ministra tem até cinco dias para mostrar documentos que atestem a existência da suposta rede de crimes sexuais na região da Ilha de Marajó
O Ministério Público do Pará (MP-PA), por meio de ofício enviado na terça-feira (11), pede que a ex-ministra e senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF) preste informações sobre as acusações de tráfico infantil e crimes sexuais na Ilha de Marajó, no norte do estado.
Em um culto religioso no último domingo, ela afirmou que, enquanto ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, teria recebido informações sobre crianças vítimas de tráfico humano. "Nós temos imagens de crianças de 4 anos, 3 anos que, quando cruzam as fronteiras, tem seus dentes arrancados para não morderem na hora do sexo oral. (...) Nós descobrimos que essas crianças comem comida pastosa para o intestino ficar livre para a hora do sexo anal".
O Ministério Público, segundo o Metrópoles, pede que a ex-ministra apresente em até cinco dias documentos que confirmem a existência da suposta rede de crimes sexuais na região.
Segundo o MP-PA, não há ainda pedidos de apuração registrados sobre o caso relatado por Damares. "O Ministério Público do Estado do Pará ressalta que, até o presente momento, nenhum dos fatos relatados pela ex-Ministra Damares Alves foi encaminhado formalmente aos promotores de Justiça que atuam na região do Marajó".