OMS atualiza recomendações sobre a vacinação contra Covid; reforço deve ser dado até um ano após última dose

Agência dividiu recomendação em três grupos para vacinação contra a Covid-19: alto, médio e baixo.


Vacina bivalente tem tampa cinza — Foto 👆: André Araújo/Governo do Tocantins

O Grupo Consultivo Estratégico de Peritos em Imunização (Sage, na sigla em inglês) da Organização Mundial da Saúde (OMS) atualizou nesta terça-feira (28) suas recomendações para vacinas contra a Covid-19, sugerindo que populações de alto risco devem receber uma dose adicional até 12 meses após o último reforço.

O novo documento divide a recomendação em três grupos: alta, média e baixa prioridade.

  • Alta prioridade: adultos mais velhos; adultos mais jovens com comorbidades significativas (por exemplo: diabetes e doenças cardíacas); pessoas com baixa imunidade (por exemplo: vivendo com HIV e transplantados), incluindo crianças com 6 meses ou mais; grávidas; e profissionais de saúde da linha de frente.
  • Média prioridade: adultos saudáveis (geralmente com menos de 50-60 anos) sem comorbidades e crianças e adolescentes com comorbidades.
  • Baixa prioridade: crianças e adolescentes saudáveis de 6 meses a 17 anos.

Para o grupo de alta prioridade, o Sage recomenda reforço adicional de 6 a um ano após a última dose, com o prazo dependendo de fatores como idade e outras condições. "Todas as recomendações são limitadas no tempo, aplicando-se apenas ao cenário epidemiológico atual", alerta o documento.

Já quem está nos grupos de média e baixa prioridade deve receber a série primária e as primeiras doses de reforço.

Os especialistas da OMS lembram que crianças condições imunocomprometidas e comorbidades enfrentam um risco maior de ter Covid-19 na forma grave, portanto, "estão incluídas nos grupos de alta e média prioridade, respectivamente".

"Embora baixo no geral, a carga de Covid-19 grave em bebês com menos de 6 meses ainda é maior do que em crianças de 6 meses a 5 anos. A vacinação de gestantes – inclusive com uma dose adicional se tiverem passado mais de 6 meses desde a última dose – protege tanto a elas quanto ao feto, ao mesmo tempo em que ajuda a reduzir a probabilidade de hospitalização de bebês por Covid-19", completam os especialistas.

O Sage também atualizou suas recomendações sobre as vacinas bivalentes contra Covid-19. O documento orienta que os países comecem a considerar o uso da vacina bivalente BA.5 para a série primária.

Vacinação no Brasil

O Brasil começou a vacinação com o imunizante bivalente da Pfizer em 27 de fevereiro. A primeira fase engloba:

  • Pessoas com mais de 60 anos;
  • Pessoas vivendo em instituições de longa permanência (ILP);
  • Pacientes imunocomprometidos a partir de 12 anos;
  • Comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas;
  • Gestantes e puérperas;
  • Trabalhadores da saúde (a partir de 17/04);
  • Pessoas com deficiência permanente a partir de 12 anos (a partir de 17/04);
  • População privada de liberdade (a partir de 17/04);
  • Adolescentes cumprindo medidas socioeducativas e funcionários do sistema de privação de liberdade (a partir de 17/04).

Veja as recomendações para outras faixas etárias:

  • 40 a 59 anos: esquema vacinal primário (duas doses) + duas doses de reforço;
  • 12 a 39 anos: esquema vacinal primário (duas doses) + reforço com intervalo mínimo de 4 meses entre as doses;
  • 5 a 11 anos: esquema vacinal primário (duas doses) + reforço (preferencialmente Pfizer) com intervalo mínimo de 4 meses entre as doses;
  • 3 e 4 anos (CoronaVac): esquema vacinal primário (duas doses) + reforço (preferencialmente Pfizer) com intervalo mínimo de 4 meses entre as doses;
  • 6 meses a 4 anos (Pfizer): esquema vacinal primário (três doses).

g1

Postagem Anterior Próxima Postagem