FENAJ solicita ao Ministério da Gestão vagas para jornalistas em novos concursos federais

 Imagem: Freepik

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) solicitou à ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, a abertura de vagas para jornalistas em novos concursos públicos federais. A iniciativa foi coordenada pela Secretaria de Mobilização dos Jornalistas em Assessoria de Imprensa da entidade.

“Acompanhamos o anúncio feito na semana passada sobre o aval para novas vagas em concursos federais para diferentes órgãos e ministérios e o que nos chamou atenção é que em nenhum destes órgãos existem vagas para Jornalistas”, comenta a secretária, Márcia Quintanilha.

Para a dirigente, “é imprescindível que haja profissionais da área, concursados, nas assessorias de governos, para que estes possam ajudar no processo de comunicação e implementação das políticas de Estado, e não que haja mudança de profissionais a cada novo governo”.

Atualmente há um número significativo de jornalistas nos diversos ministérios e empresas federais, mas a maioria não é concursada. “Muito pelo contrário, muitos são contratados de maneiras que burlam a legislação trabalhista, como pessoas jurídicas (PJs), mas que ao mesmo tempo têm trabalho habitual e remunerado, seno contratados por empresas ou agências de Comunicação que prestam serviço ao governo”, destaca Márcia Quintanilha. Muitas vezes, estes profissionais recebem pagamentos bem abaixo do que prevê os acordos coletivos negociados pelos sindicatos.

A presidenta da FENAJ, Samira de Castro, acrescenta que, mais de 1/3 dos jornalistas brasileiros (34,9%) trabalham fora da mídia, contemplando atividades como assessoria de imprensa ou comunicação, produção de conteúdo para mídias digitais ou outras ações que utilizam conhecimento jornalístico.

“Segundo a pesquisa Perfil do Jornalista Brasileiro, 43,4% desses trabalhadores têm como atividade principal a assessorias de imprensa, ou seja, o relacionamento com os veículos noticiosos. Os jornalistas também têm como meios profissionais preferenciais fora da mídia empresas ou órgãos públicos, com 17,1%”, afirma Samira de Castro.

Para a dirigente sindical, é necessário, além de abrir vagas, criar a carreira de jornalista nas administrações públicas federal, estaduais e municipais. “As informações de governos são de interesse público e os jornalistas trabalham desde a formulação da política pública de Comunicação até a relação com a mídia”, acrescenta.

Editais ainda este ano

Esther Dweck anunciou, na semana passada, o aval para4.436 vagas em concursos federais para diferentes órgãos e ministérios. No total, 18 autorizações foram publicadas em edição extra do Diário Oficial da União do dia 16 de junho.

Os órgãos e ministérios que já contam com a autorização têm até seis meses para publicar os editais dos concursos, ou seja, até dezembro. O intervalo entre edital e provas foi reduzido de quatro para dois meses.

A intenção do governo, segundo a ministra Esther, é ter editais e provas dos concursos ainda em 2023.

Com informações da Folha Dirigida

FENAJ

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