Segundo agenda, cinco ministros participam do encontro, no Palácio do Planalto. Até esta quinta (7), 41 mortes tinham sido confirmadas como consequência do fenômeno.
Por Guilherme Mazui, g1
O presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), convocou uma reunião com ministros nesta sexta-feira (8), em Brasília, para discutir a situação no Rio Grande do Sul após a passagem de um ciclone extratropical no estado.
Até esta quinta (7), 41 mortes já tinham sido confirmadas como consequência do fenômeno natural.
Alckmin está no exercício da Presidência em razão da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Índia para participar da cúpula do G20.
Segundo a agenda do vice-presidente, participam da reunião, marcada para as 11h no Palácio do Planalto, as seguintes autoridades:
- José Múcio, Ministro de Estado da Defesa
- Nísia Trindade, Ministra de Estado da Saúde
- Waldez Góes, Ministro de Estado da Integração e Desenvolvimento Regional
- Wellington Dias, Ministro de Estado do Desenvolvimento Social
- Paulo Pimenta, Ministro de Estado da Secretária de Comunicação da Presidência da República
- Hildo Rocha, Secretário-Executivo do Ministério das Cidades
- Julia Rodrigues, Secretária Especial Adjunta de Articulação e Monitoramento da Casa Civil/PR
- Aguiar Freire, Chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas do Ministério da Defesa
- Pedro Lopes, Chefe de Gabinete do Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República
Uma comitiva de ministros já esteve nesta semana no Rio Grande do Sul. O presidente Lula, no entanto, não visitou o estado, que sofre com as consequências de uma das maiores tragédias já registradas.
Antes de embarcar para Índia, Lula concentrou sua agenda na negociação para finalizar uma minirreforma ministerial e participou do desfile de 7 de Setembro, em Brasília.
Danos causados pelo ciclone
As mortes registradas no Rio Grande do Sul já superam a maior tragédia natural das últimas quatro décadas no estado, quando 16 pessoas morreram, em junho. Na noite de terça (5), o governador Eduardo Leite (PSDB) confirmou que se trata da pior tragédia natural que já atingiu o estado.
Além dos 41 mortos, 25 pessoas continuavam desaparecidas até quinta-feira, nas seguintes cidades:
- Arroio do Meio: 8
- Lajeado: 8
- Muçum: 9
O fenômeno teve origem em um sistema de baixa pressão, que provocou chuvas intensas ao longo da segunda-feira (4). Conforme se deslocou em direção ao oceano, o fenômeno ganhou intensidade. À noite, formou-se o ciclone.
Na quinta-feira, o governo federal reconheceu o estado de calamidade pública dos municípios atingidos pelos efeitos da passagem do fenômeno. A portaria foi assinada pelo secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff Barreiros, e já está em vigor.
Com a medida, 79 municípios ficaram aptos a solicitar recursos para assistência à população, restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução de infraestrutura e moradias atingidas pelo desastre.
Veja números do boletim sobre os danos causados, divulgado no início da noite de quinta (7):
- Feridos: 43
- Pessoas resgatadas: 3.037
- Municípios afetados: 83
- Desabrigados: 2.944
- Desalojados: 7.607
- Afetados: 122.992