Escrito por Bruno Leite, Alessandra Castro
O deputado federal e presidente nacional em exercício do Partido Democrático Trabalhista (PDT), André Figueiredo, anunciou nesta segunda-feira (2) o retorno ao cargo de dirigente estadual da sigla no Ceará. Em nota enviada a imprensa, o parlamentar afirmou que a decisão se deve a tentativas "sem sucesso de reestabelecer a união partidária".
"Agradeço aos préstimos do Senador Cid Gomes pela interinidade, mas entendendo o clamor de quem vem construindo o partido há quase quatro décadas e sentindo a necessidade dessa compreensão, voltamos para conduzir os rumos do Partido Democrático Trabalhista no estado", disse Figueiredo no comunicado.
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De acordo com ele, há um desejo em se esforçar na busca do apaziguamento das relações e o estabelecimento de uma unidade na legenda. "Consideramos fundamental a manutenção de um projeto que trouxe e continua trazendo grandes avanços para toda a população cearense, e trabalharemos pelo fortalecimento da presença pedetista no Executivo e Legislativo em todos os municípios do Ceará", pontuou.
O retorno do político para a direção da legenda se dá após o acirramento dos ânimos entre o seu grupo e o do senador Cid Gomes. Figueiredo é contrário ao retorno do PDT para a aliança antes formada com o Partido dos Trabalhadores, posição defendida pelo ex-governador cearense.
Última reunião de Cid
Na última sexta-feira (29), os membros do diretório se reuniram a portas fechadas. A pauta do encontro não foi divulgada. Contudo, conforme apurou o Diário do Nordeste, o diretório previa discutir a oficialização do apoio dos parlamentares da sigla ao governador Elmano de Freitas (PT).
Hoje, o PDT adota uma postura oficial de independência em relação ao Governo do Estado. Mas a bancada da legenda na Alece já é composta, na maioria, por membros da base. Exemplo disso é o líder de Elmano, o deputado Romeu Aldigueri, que é pedetista.
A reunião da semana passada contou com a presença dos dois dirigentes trabalhistas que agora representam lados antagônicos no embate interno e foi a primeira depois da concessão da carta de anuência ao presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), Evandro Leitão, para a saída do partido.