Apuração da CGU constatou superfaturamento de verbas gastas durante a pandemia e sumiço de dinheiro no órgão
Por Robson Bonin
Fachada do prédio da Funai em Brasília (antiga sede) - (📷 Mário Vilela/Funai/Divulgação)
Na edição de VEJA que está nas bancas, o Radar mostra os detalhes de uma investigação da CGU sobre contratos da Funai durante a pandemia de Covid-19. Apenas numa compra de 3 milhões de reais em cestas básicas para índios do Acre, o superfaturamento constatado pela investigação chegou a 378.000 reais, os famosos 10%.
Diante das irregularidades, o subprocurador-geral Lucas Furtado apresentou representação nesta segunda para que o TCU abra um procedimento com o objetivo de “apurar os indícios de irregularidade nas contratações realizadas pela Funai durante a pandemia de Covid-19”.
“Em se confirmando os indícios supracitados, instaurar tomada de contas especial para responsabilização dos agentes envolvidos, sem prejuízo de remessa de cópia ao Ministério Público Federal para adoção das medidas pertinentes”, escreve Furtado.
Além de gastar mais do que deveria, os investigadores descobriram que a Funai, na gestão de Jair Bolsonaro, também jogou, literalmente, dinheiro pela janela. Segundo a CGU, 100.000 reais gastos na gestão passada simplesmente sumiram do órgão sem qualquer lastro de comprovação de despesa.