PGR defendeu que os órgãos do sistema de Justiça unam esforços para sufocar as organizações criminosas, do tráfico de drogas e armas à corrupção e lavagem de dinheiro
Estadão Conteúdo
"O crime não conhece competências jurídicas nem espaços das instituições públicas", afirmou Gonet | Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil / CP
A repressão ao crime organizado é uma das prioridades do procurador-geral da República, Paulo Gonet, à frente do Ministério Público. Nesta sexta, 23, ele defendeu que os órgãos do sistema de Justiça unam esforços para sufocar as organizações criminosas, do tráfico de drogas e armas à corrupção e lavagem de dinheiro.
"O crime não conhece competências jurídicas nem espaços das instituições públicas", afirmou. "É preciso um esforço concentrado dos poderes públicos para o enfrentamento da criminalidade e, de forma especial, para o combate às organizações criminosas que atuam em diversas frentes e alcançam todo o País."
Gonet assumiu o cargo em dezembro do ano passado e ficará dois anos à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR), com a possibilidade de ser reconduzido. Em sua primeira sessão no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), no último dia 5, prometeu agir para combater o crime organizado, o que considera um clamor social.
Uma de suas primeiras medidas foi fechar nesta manhã um convênio com o Ministério Público do Rio para facilitar a troca de informações entre as instituições em investigações criminais.
O acordo de cooperação prevê o "intercâmbio de dados, elementos de convicção, provas e vestígios não sigilosos" de investigações que envolvam o MPF e o MP do Rio. O compartilhamento depende de autorização judicial.
A PGR e o Ministério Público do Rio começaram a pensar no convênio porque avaliam que há espaço para uma atuação conjunta em investigações que envolvem crimes de competência estadual e federal ou autoridades com foro e pessoas sem a prerrogativa.