A expressão “presente de grego” ganha uma nova dimensão quando aplicada ao governo do atual governador do Ceará, Elmano de Freitas. Prometendo uma gestão sem aumentos de impostos durante sua campanha eleitoral em 2022, ele rapidamente mudou de tom após assumir o cargo, surpreendendo todos os eleitores com um aumento muito significativo na alíquota do ICMS, incidindo sobre
energia, combustíveis e telecomunicações.
Em um movimento que deixou muitos cearenses perplexos, Elmano encaminhou uma lei para a Assembleia Legislativa que elevou a alíquota do ICMS de 18 para 20%. Ao todo, foram 29 votos a favor do aumento e outros 13 contrários, este último com o qual orgulhosamente me identifico. Esta medida começou a impactar nos bolsos da população, com o preço da gasolina atingindo patamares alarmantes, a cesta básica se tornando um luxo inacessível para muitos, e agora a conta de energia também está prestes a sofrer um aumento.
Essa mudança repentina e unilateral na política fiscal não apenas contradiz as promessas de campanha de Elmano, mas também sobrecarrega os cidadãos cearenses que já lutam para sobreviver. A classe trabalhadora, em particular, sente o peso desses aumentos, com muitos sendo forçados a restringir ainda mais seus orçamentos já apertados.
Além do impacto direto nos bolsos dos cidadãos, a falta de transparência e consulta pública sobre essa medida levanta sérias questões sobre a legitimidade e a representação democrática do governo de Elmano. Os eleitores foram enganados com falsas promessas, e agora estão pagando o preço por uma decisão tomada sem seu consentimento ou consideração por suas necessidades e preocupações.
É hora de Elmano assumir a responsabilidade por suas ações e ouvir as vozes daqueles que o elegeram. Os cearenses não merecem ser tratados como meros receptores de presentes de grego, sofrendo o ônus de políticas fiscais arbitrárias e prejudiciais. É tempo de transparência, prestação de contas e verdadeira representação democrática.
Por Antônio Henrique,