Após serem gastos R$ 224 milhões dos cofres públicos para construí-lo, sob justificativa de incentivo ao turismo local na gestão do ex-governador Cid Gomes (PDT), o Terminal Marítimo de Passageiros (TMP), conhecido como “Elefante Branco”, localizado no Porto do Mucuripe em Fortaleza, foi arrematado, inacreditavelmente, pelo valor de R$ 100 mil, por 25 anos, pelo grupo ABA Infra, em leilão realizado pelo Governo Federal, por meio do Ministério de Portos e Aeroportos e da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ).
O presidente da Companhia Docas do Ceará (CDC), Lúcio Gomes, irmão de Cid Gomes, define o valor como “simbólico”, justificando que o “que interessa mesmo” quando se trata da concessão do equipamento é o prejuízo que ele deixará de dar. Ele estima que o terminal é responsável por um prejuízo de R$ 400 mil a R$ 600 mil por ano. A pergunta é; Já que o equipamento milionário sempre gerou prejuízo, por qual motivo ele foi erguido sem uma análise ou critério técnico de avaliação prévia, para só assim evitar prejuízo aos cofres públicos? Ninguém respondeu até o momento.
O que mais chama a atenção, sem dúvidas, foi a cifra de outorga: R$ 100 mil. Mas o que explica o valor que se equipara a um carro (um Ônix Plus, a título de exemplo) para um empreendimento que custou aos cofres públicos R$ 224 milhões?
Vamos nessa com Junior Pentecoste:
- É muito, mas muito desperdício de dinheiro público. Será que isso, nós podemos chamar de "investimento" para campanha?