Efervescência eleitoral repercute em pronunciamentos e cobranças da oposição na Câmara de Fortaleza

Os vereadores de oposição ao Governo Sarto, se articularam durante sessão ordinária na Câmara Municipal de Fortaleza, e apontaram falhas da gestão Sarto na condução de políticas de prevenção de incidentes climáticos, e voltaram a criticar a taxa do lixo. Os embates da sessão ordinária desta terça-feira (14), são reflexo da troca de farpas entre Sarto (PDT) e Evandro Leitão (PT) registradas no fim de semana.


Léo Couto repercutiu discussão entre Sarto e Evandro nas redes sociais. Também criticou o secretário Samuel Dias. 📷: CMFor

Logo no início da plenária, o vereador Léo Couto (PSB) lembrou a discussão ocorrida entre os dois pré-candidatos a prefeito nas redes sociais, onde Leitão afirmou que revogaria a cobrança. “Ao nosso ver, é uma taxa irregular, desnecessária, imoral. Haja vista que temos a taxa do lixo, o consórcio de capinação, com mais de R$ 233 milhões, com as mesmas empresas ganhadoras e não vi ninguém da base defender ou explicar o porquê desse aumento de R$ 90 milhões. E ainda temos o contrato com a Marquise, e a nossa cidade continua suja”, disparou.

Ele também criticou o secretário Samuel Dias, que segundo disse, após as chuvas da madrugada de segunda-feira (13), e os transtornos causados, publicou vídeo “como se estivesse tudo às mil maravilhas”. “Como é que um secretário de infraestrutura, depois da situação em que passamos, vai numa rua dizer que está tudo bem? É brincadeira com a cara da população. É um reflexo dessa gestão, a quarta pior do país”.

Júlio Brizzi (PT) também se somou às críticas à gestão, criticando a cobrança da taxa de lixo em Fortaleza. Conforme informou, os recursos da taxa do lixo não estão sendo utilizados para aumentar a coleta de lixo. “O marqueteiro tomou conta da gestão, mas a vida real é outra”.

Ele lembrou ainda que o Ministério Público está solicitando informações sobre a redução da frota de ônibus. “O Sarto é um prefeito malvado. Ele não anda no meio do povo. Sinto muito que nossa cidade esteja passando por um momento tão ruim. E a cidade não pode ficar nesse descaso administrativo”.

“Parece que a Prefeitura faz de propósito para maltratar a população de Fortaleza”, disparou Eudes Bringel (PSD), que disse estar tendo apoio da Cagece para cuidar da situação de bairros atingidos pelas chuvas. “A gente vê tanto lixo nesta cidade, que a pergunta que a gente faz é quando isso vai parar? A Cidade de Fortaleza está de uma forma que a gente só lamenta”, criticou Adriana Almeida (PT).

Estrela Barros (PSD), Danilo Lopes (PSD) e Julierme Sena (PL), por outro lado, denunciaram a existência de uma “indústria da multa” na Autarquia Municipal de Trânsito de Fortaleza, a ACM. “Todo fortalezense sabe que existe a indústria da multa em Fortaleza. Porém, poucos têm coragem de falar do assédio que os agentes da AMC sofrem para fazer hora extra na intenção de aplicar mais multas e aumentar a arrecadação do município de Fortaleza”, disparou Sena, afirmando que os recursos não estariam sendo investidos na pavimentação da cidade.

ICMS

Coube aos membros da liderança do Governo fazerem defesa da gestão diante os ataques da oposição. O líder da base aliada, Iraguassú Filho (PDT), se solidarizou com as pessoas que perderam bens durante as chuvas e destacou que empréstimos foram aprovados na Casa para investimentos na área da infraestrutura. Sobre as acusações contra a AMC, ele preferiu destacar ganhos, como a redução de 60% no número de óbitos causados no trânsito da cidade.

O pedetista também afirmou que Evandro Leitão estaria colocando a taxa do lixo como o ponto principal da pré-campanha em Fortaleza. Ele também lembrou que o PDT entrou com ação contra a Lei que instituiu o aumento do ICMS no Ceará, que segundo disse, terá impacto de 50% no custeio da alimentação. “A taxa do lixo é uma cota única e mais de 70% da população não paga”, disse.

Blog do Edison Silva

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