Por Miguel Martins
Capitão Wagner, Eduardo Girão e Sarto se posicionaram contra as falas do secretário e atingiram o Governo Elmano. Foto: Divulgação
Ao comentar sobre o número de homicídios que vêm ocorrendo no Ceará na gestão Elmano de Freitas, o secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Samuel Elânio, derrapou ao dizer que a criminalidade era considerado “razoável”. A insensibilidade do gestor da segurança gerou críticas por parte de opositores do Governo do Estado, unindo o prefeito Sarto e o presidente do União Brasil, Capitão Wagner, que se posicionaram contra as falas de Elânio.
O secretário chegou a se desculpar, mas o estrago já estava feito. Aliás, o estrago vem sendo praticado pela gestão que não consegue reduzir o número dos crimes letais intencionais ocorridos no Estado nos últimos meses. Com 320 mortes em abril deste ano, esse foi o mês mais violento do Estado desde novembro de 2020.
“O secretário acha razoável pessoas arrancando a cabeça, extraindo o coração das vítimas, policiais sendo caçados e mortos. Definitivamente ninguém na cúpula do Governo se coloca na pele das famílias que perderam seus entes queridos. O Governo perdeu a capacidade de se indignar”, lamentou Capitão Wagner sobre o episódio envolvendo o secretário de Segurança.
Diante da fala do secretário, o prefeito Sarto foi mais além e chamou de “leviano” todo o Governo do Partido dos Trabalhadores. Segundo ele, foi a gestão petista quem “deixou as facções criminosas tomarem conta de Fortaleza e do Ceará. Assim como as declarações infelizes desse secretário, que dizem que os índices de criminalidade são razoáveis. Razoáveis pra quem?”, questionou.
Empatia
O senador Eduardo Girão (NOVO-CE) também se posicionou sobre o tema. Em suas falas, ele critica o secretário, o governador Elmano de Freitas, o pré-candidato a prefeito pelo PT, Evandro Leitão, e o prefeito Sarto. “É inaceitável tal desumanidade da Terra da Luz. O secretário de Segurança, ao dizer que os crimes de mortes violentas no nosso estado, embora altos, estão razoáveis. Isso mostra que para eles, a vida dos nossos conterrâneos não passa de um número. Quanta falta de empatia”, apontou Girão, também pretenso postulante a prefeito de Fortaleza.