Por Miguel Martins
Um dos principais opositores do Governo Elmano de Freitas na Câmara Municipal de Fortaleza, o vereador Lúcio Bruno (PDT) apresentou um histórico das gestões do chefe do Poder Executivo Estadual para apontar falhas do petista na área da Educação. Segundo ele, há um “òdio” que resulta na desvalorização do magistério durante a administração de Elmano.
“Eu evito vir à tribuna fazer críticas ao governo e ao governador. Mas toda semana ele solta uma pérola na imprensa e eu fico impressionado. Parece que ele não tem assessoria. Fala tanta besteira, que não posso me calar”, pontuou o pedetista. “Fui pesquisar por que o governador tem tanto ódio dos professores, da educação do Estado do Ceará. Não é de hoje. Esse ódio, essa desvalorização do governador Elmano com a educação não é de hoje”.
Em suas palavras, em 2011, o governador, na gestão da ex-prefeita Luizianne Lins, foi nomeado secretário da Educação do Município de Fortaleza. Como resultado deste período, em 2012, a Educação de Fortaleza foi considerada a segunda pior do Ceará. “Quem estava à frente? O governador Elmano”.
Na avaliação dele, a situação piorou com o passar dos anos. Isso porque a gestão atual entra no segundo ano consecutivo em que o governador não oferece o piso do magistério aos profissionais de Educação do Estado do Ceará. “Ele prometeu que iria valorizar os servidores públicos estaduais. E o resultado são as greves”.
“A época em que ele era secretário de Fortaleza, o ano letivo começava em agosto, porque era o tempo das greves. Tivemos mais de um ano de greve na cidade de Fortaleza, na gestão Luizianne”, disparou. “Governador, pelo menos atenda aos professores. Não custa nada atender e escutar a categoria. Mas nem isso o governador faz. Será que isso é valorizar o magistério? A educação é importante no desenvolvimento de nossa juventude, governador”.
População
Ele também lembrou frase atribuída ao governador Elmano de Freitas, em que ele afirma não ser justo que professor que ganha R$ 14 mil não dê aula para aluno de família que ganha R$ 1,4 mil. “O senhor não vai colocar a população contra os professores. O professor para ganhar R$ 14 mil tem que ter doutorado. E para ter doutorado, tem que estudar muito, se dedicar muito para ensinar bem. E vossa excelência, com essa estratégia rasa, querendo colocar o povo contra o servidor público?”, questionou.
“Governador, vou fazer um apelo à vossa excelência. Atenda os professores. Se sensibilize. Eu sei que vossa excelência não gosta do professor, mas atenda o professor” – (Lúcio Bruno)