Não é fácil dizer. Esse tipo de cálculo eleitoral não é somente a soma de índices de intenção de voto.
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Envolve preferências e rejeições que, por vários motivos, distribuem a preferência do eleitorado.
Isso serve para quaisquer matizes político-partidárias. Da extrema direita à extrema esquerda.
De qualquer forma, no caso da direita e centro-direita da Capital do Estado, chamam atenção os índices dos prefeituráveis.
Vamos pegar a Paraná Pesquisas – somente por ser essa a última registrada e publicada.
Na estimulada, Capitão Wagner (União Brasil) está com 33,0%; André Fernandes (PL) tem 15,1% e Eduardo Girão (Novo), 5,5%.
Se fosse possível apenas somar, teríamos 53,6% no centro das intenções de voto.
Aqui não está considerada a margem de erro, de 3,5pp para cima ou para baixo.
Visto a distância, o cenário induz o público mediano a pensar que a direita e centro-direita podem estar deixando escapar uma vitória já no dia 6 de outubro.
Não. Não é bem assim. É óbvio que existe uma natural semelhança entre os perfis dos eleitores de Wagner, André e Girão.
É isso, inclusive, o que os define, a olho nu, como pré-candidatos mais ou menos do mesmo espectro ideológico.
Mas tem eleitor de Wagner que não vota em André e vice-versa. Há apoiador de Girão que não apoia nenhum dos dois – e vice-versa.
É impossível dizer quanto, dos aparentes 53,6%, restariam, caso os ainda pré-candidatos do UB, PL e Novo resolvessem se juntar antes de suas convenções – cujo período já começou.
A imprensa, no Brasil, especializou-se em crises da centro-esquerda. A direita, quando passou a ser admitida, foi vista de longe, como algo único.
Não é. E isso vai muito além do que cochicham os bastidores sobre a divisão entre direita e centro-direita em Fortaleza.
É uma questão de pragmatismo. Também.
Poder News