Transmissão
A transmissão do Oropouche é feita principalmente pelo inseto conhecido como Culicoides paraensis (maruim). Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no inseto por alguns dias. Quando o inseto pica uma pessoa saudável, pode transmitir o vírus.
Existem dois tipos de ciclos de transmissão da doença:
Ciclo Silvestre:
No ciclo silvestre, bichos-preguiça e primatas não-humanos (e possivelmente aves silvestres e roedores) atuam como hospedeiros. Há registros de isolamento do OROV em algumas espécies de insetos, como Coquillettidia venezuelensis e Aedes serratus. No entanto, o vetor primário é o Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora.
Ciclo Urbano:
Nesse ciclo, os humanos são os principais hospedeiros do vírus. O inseto Culicoides paraensis também é o vetor principal. O inseto Culex quinquefasciatus, comumente encontrado em ambientes urbanos, pode ocasionalmente transmitir o vírus também.
Sintomas
Os sintomas são parecidos com os da dengue: dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia. Nesse sentido, é importante que profissionais da área de vigilância em saúde sejam capazes de diferenciar essas doenças por meio de aspectos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais e orientar as ações de prevenção e controle.
Diagnóstico
O diagnóstico é clínico, epidemiológico e laboratorial. Todo caso com diagnóstico de infecção pelo OROV deve ser notificado. O Oropouche compõe a lista de doenças de notificação compulsória, classificada entre as doenças de notificação imediata, em função do potencial epidêmico e da alta capacidade de mutação, podendo se tornar uma ameaça à saúde pública.
Tratamento
Importante: não existe tratamento específico. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico.
Prevenção
Recomenda-se:
- Evitar o contato com áreas de ocorrência e/ou minimizar a exposição às picadas dos vetores.
- Usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplique repelente nas áreas expostas da pele.
- Limpeza de terrenos e de locais de criação de animais.
- Recolhimento de folhas e frutos que caem no solo.
- Uso de telas de malha fina em portas e janelas.
Importante: em caso de sintomas suspeitos, procure ajuda médica imediatamente e informe sobre sua exposição potencial à doença.
Mais informações
OuvSUS - Disque 136
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