O deputado Fernando Santana acabou sendo, também, deselegante com os seus apoiadores |
O deputado Fernando Santana (PT), para a maioria dos seus colegas, sobretudo para aqueles que fez as primeiras ligações telefônicas, após sair do encontro com o governador Elmano de Freitas, o ex-governador Camilo Santana, e o atual presidente da Assembleia Legislativa, prefeito eleito de Fortaleza, Evandro Leitão, quando o seu nome escolhido para ser o candidato do Governo à Presidência da Assembleia, foi também deselegante, pois antes da nota ou “carta-renúncia”, deveria ter tido a delicadeza de lhes informar sobre sua decisão.
Politicamente, a posição adotada por Santana, o deixou apequenado, qualquer que tenha sido a motivação para ele desistir da candidatura, ao cargo de Chefe do Poder Legislativo. Decepcionante, também, o fato de o governador Elmano de Freitas, que, por “ação ou omissão”, contribuiu para o fatídico desfecho. Elmano, para respeitar o Poder Legislativo, em nenhum momento deveria ter apresentado nome para disputar a presidência do Legislativo estadual. Mas, como hoje não se tem políticos da envergadura de muitos dos de outrora, também não se governante merecedor da respeitabilidade de toda a sociedade.
O deputado Fernando Santana tinha o apoio explícito de 90% dos seus colegas deputados, com os quais ela já havia conversado. Ele jantou até no apartamento da evangélica (crente, como ela se denomina na tribuna da Assembleia), Dra. Silvana Oliveira, conquistando a quase totalidade do apoio da bancada do PL. Acertou o apoio dos deputados do União Brasil, exceção do deputado Sargento Reginauro, e tantos outros. Todos os deputados que lhes emprestaram apoio, apesar das lideranças do próprio Governo do Estado, sentem-se hoje, traídos.
Fernando Santana, está no consciente da política local, para facilitar a indicação da senhora Onélia Santana, para um emprego vitalício de conselheira do Tribunal de Contas do Estado, vaga que o senador Cid Gomes defende para a ex-governador Izolda Cela, sua afilhada, agora desempregada, pois o ministro da Educação Camilo Santana, não a chamou de volta para ser seu braço direito no ministério, como ela era antes de ser candidata à Prefeitura de Sobral. Cid Gomes não luta pelo cargo de presidente da Assembleia.
Ele, mais que muitos políticos sabe que o presidente da Assembleia, no segundo período da Legislatura, é imprescindível para o governador que queira tentar a reeleição. Ademais, sua liderança, hoje, não tem a mesma força de outrora. Os poucos deputados que se dizem do seu lado, não têm a confiança do governador que tentará se reeleger.