Deputado José Guimarães é acusado de vender emendas parlamentares

A revista Piauí, na última quinta-feira, 2, publicou uma matéria sobre uma ação da Polícia Federal (PF) no Ceará, que começou investigando um derrame de dinheiro para compra de votos na última eleição municipal (em outubro de 2024), e acabou descobrindo desvio de recursos de emendas parlamentares de deputados federais cearenses. No inquérito, que muitos cearenses conhecem, não consta o nome de nenhum dos deputados federais, pois estes só podem ser investigados por ordem de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), e processados no próprio STF.

Informação da revista Piauí, diz que PF identifica Guimarães em áudios na investigação das emendas parlamentares

Mas a Justiça Eleitoral foi oficialmente informada de que deputados federais estavam desviado recursos de emendas parlamentares e encaminhou o fato para o STF. O inquérito caiu nas mãos do ministro Gilmar Mendes, cidadão honorário cearense, e casado com uma senhora da família Feitosa. A revista Piauí, na matéria que publicou, destaca os nomes dos deputados federais José Guimarães (PT) e Júnior Mano (PSB). No meio político local, as informações circulantes dão conta da existência de outros parlamentares.

A informação da revista começa assim: “Na tarde de 13 de setembro de 2024, o empresário Carlos Douglas Almeida Leandro enviou um áudio via WhatsApp para Carlos Alberto Queiroz Pereira, o Bebeto, do PSB, então candidato a prefeito de Choró, pequeno município de 12,1 mil habitantes no sertão cearense. Na leitura dos investigadores, Leandro estava fazendo uma proposta nada republicana: desviar dinheiro oriundo de uma “emenda de comissão”, o novo nome do orçamento secreto, apadrinhada na surdina pelo deputado federal José Guimarães (PT-CE), líder do governo Lula na Câmara dos Deputados”.

O grupo liderado pelo deputado federal Júnior Mano, que era gerenciado pelo prefeito eleito de Orós, Bebeto Queiroz, que acabou sendo impedido, por decisão do Tribunal Regional Eleitoral de assumir o cargo de prefeito, no primeiro dia deste ano, é considerado foragido da Justiça, pois desde quando foi decretada a prisão preventiva dele, pelo juiz Eleitoral de Canindé, está em “lugar incerto e não sabido”, movimentou milhões de reais comprando votos para as eleições de prefeitos e vereadores em aproximadamente 50 municípios, coincidentemente todos eles nos quais Júnior Mano faz política.

Segundo a informação publicada pela revista, o deputado federal José Guimarães, líder do Governo Lula na Câmara, era um dos que vendiam emendas parlamentares. O deputado receberia 12% do valor total da emenda que liberasse. O deputado nega conhecer o assessor do seu colega Junior Mano que teve a conversa da negociação gravada pela Polícia Federal. Júnior não respondeu à reportagem, e a defesa de Bebeto Queiroz, alegou o segredo da investigação para não dizer nadam, além de que o seu cliente é inocente.

Fonte: Blog do Edison Silva

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