O deputado Renato Roseno (PSOL) lamentou as falas do deputado federal Gilvan da Federal (PL), que em reunião da comissão de Segurança Pública defendeu a morte de uma pessoa, neste caso do presidente Lula. O socialista também criticou a aprovação pelo colegiado de projeto que defende a retirada de armas de fogo da segurança pessoal do chefe do Poder Executivo central.
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Renato Roseno demonstrou surpresa e indignação com a situação. Foto: ALECE |
Segundo o parlamentar, a proposta foi deliberada em meio a descoberta, por parte da Polícia Federal, de uma trama para assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. Roseno ressaltou que a medida vai enfraquecer a segurança do presidente da República. A matéria ainda vai à votação no Plenário da Câmara Federal.
“Eu fiquei estupefato com a reunião da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara Federal que aprovou o projeto que desarma os seguranças do presidente Lula. Isso, que veio de um deputado de direita, vai enfraquecer a segurança dele em meio a uma trama para assassiná-lo. Um crime contra um presidente é um crime contra a nação”, lamentou.
Sobre as falas proferidas pelo deputado Gilvan da Federal ainda durante a reunião do colegiado, em Brasília, Roseno questionou o que levaria um parlamentar a proferir uma fala de ódio como aquela. “O que leva o deputado federal Gilvan a desejar a morte do presidente Lula? Ele reiterou, ficou por segundos desejando a morte do Lula. Isso é um exercício de ódio, de extrema violência”.
O deputado classificou a fala como grave. Roseno inquiriu como a mensagem do parlamentar pode chegar a pessoas emocionalmente instáveis. “Como isso chega em cabeças de pessoas instáveis? As cabeças podem receber uma mensagem de forma diferente. Alguém pode achar que aquilo que foi dito na reunião tem que ser praticado, o Gilvan desejou a morte do Lula. É muito grave que haja representantes do Congresso com esse tipo de postura”, avaliou.
Renato Roseno afirmou ainda que a fala de Gilvan “rompeu os limites dos valores éticos”. Conforme o parlamentar, a Alece conta com deputados com ideias diferentes, entretanto nunca desejou a morte de um colega, como também ninguém desejou a sua. “Aqui entre nós há muitas diferenças, entretanto nenhum parlamentar aqui veio desejar a minha morte e nem eu a de ninguém”.